August 28, 2014

EXIGÊNCIA, COMPETÊNCIA E TRANSPARÊNCIA




O Sporting Clube de Macau tem-se mostrado, ao longo dos anos, sempre avesso à promiscuidade entre competições, nomeadamente à obrigatoriedade de jogar o futebol de sete para depois jogar o futebol de onze.

Já aqui foi dito, em outros posts, que era imperativo a separação dos árbitros da A.F.M., porquanto como está, nada é claro.

Do mesmo modo que sabemos ganhar, também sabemos perder. Não foram duas derrotas sucessivas que nos levam a lembrar as uvas de La Fontainne.
Vitória do FCPorto por 2-1 após golo de empate marcado por Tavares Jorge.
Jogo muito equilibrado com domínio claro do Sporting na 1a. parte. Na segunda parte também muito equilibrado. Mayckol Sabino faz um golo para o FCPorto. Segue-se o empate por um rapidíssimo contra-ataque com Tavares Jorge e Bruno Brito. Após (mais de) 10 minutos de paragem por uma lesão de um jogador do Porto, repete-se mais tarde outra "lesão" que ajuda a queimar tempo. Mayckol Sabino faz o 2-1. O árbitro não concedeu tempo extra que muita falta fez à justiça do resultado.

Sucede que durante a celebração dos dois golos do F.C. Porto, um dirigente mais entusiasta entrou no campo a celebrar com os jogadores, ferindo todas as leis do jogo não tendo sequer sido admoestado.
Do mesmo modo relevem-se os mais de 10 minutos de paragem de jogo pelas lesões ocorridas com jogadores adversárias narradas no parágrafo anterior.

Terminado o jogo, dirigi-me à cabina dos árbitros, para apresentar o meu protesto contra a permissão da entrada em campo de um dirigente para celebrar com os jogadores, sem qualquer penalização e, simultaneamente, para dizer que não tinha feito nenhum desconto aos 10 minutos perdidos com mazelas no campo.
A resposta do árbitro Vani, foi que "não podia estar ali, e que se tivesse alguma coisa a dizer que falasse com a Associação de Futebol de Macau". Edificante e esclarecedor no mínimo.

Desta brilhante resposta se conclui que os árbitros em Macau só apitam. Não falam com dirigentes. Mandam-nos falar com uma entidade da qual deveriam estar completamente independentes. Mas, pelo que esta indicação do árbitro Vani revela, ele é um mero empregado da Associação de Futebol de Macau. Ficámos definitivamente esclarecidos que em Macau não há um Corpo Independente de Árbitros !