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Há jogos que se caracterizam pelo fortuito. Foi este o caso de um jogo onde o campeão em título não mostrou o potencial de que se ufana de ter (sobretudo com as equipas mais fracas onde, com a sua equipa de estrelas, faz goleadas e depois encalha, bem apoiada sabe-se lá de que forma) e assim se imagina campeoníssimo a debitar facturas e farturas de feira.
Um treinador deve ser, acima de tudo, um formador de homens. É isso que nós no Sporting temos, fazemos e acreditamos. Formar homens, seguramente é incutir valores de lealdade, de hombridade e não alimentar caceteiros. No campeonato da época passada, fomos abordados por uma equipa que se oferecia para perder. Recusámos, naturalmente, e batemo-la por uma margem muito satisfatória.
No Sporting nenhum treinador diria ao seu colega adversário, depois de um empate, recusando a mão desportivamente estendida, que "a tua equipa e tu são uma m..." . Edificante, puramente edificante e vai tarde para emendar a mão. É tudo uma questão de pessoas bem ou mal formadas.
O Sporting de Macau recusa-se tanto a receber benefícios como a ser prejudicado, como o foi neste encontro e tem sido sempre que joga com uma equipa que tem sido transportada ao colo.
O Sporting não abdica dos seus princípios e, tal como o Ká I já está em primeiro lugar, chegará a nossa vez.
O Sporting alinhou com:
Juninho na baliza
Amâncio Goitia, Timba Eder, Oscar Ieong e Chan Pak Chun na defesa.
Martin Ho, Jorge Tavares, Edgar Silva, e Lei Kaman na linha média,
Gaspard Laplaine e Bruno Brito no ataque.
O começo da partida mostra prontamente a estratégia do adversário, que era a de colocar dois pontas de lança na área do Sporting e daí preparar a goleada que iriam inflingir ao Sporting para cobrar uma certa factura declarada pelo responsável pelas faladuras do outro clube.
Se aos 2 minutos e 33 segundos tiveram a sorte fortuita de conseguir marcar um golo, nunca mais foram capazes de ameaçar verdadeiramente a baliza do Sporting que prontamente reagiu.
Aos 7'36" Bruno Brito quase marca num balão ao guarda-redes adversário que originou dois cantos seguidos a favor do Sporting.
Aos 20' uma incursão do irrequieto e poderoso Gaspard Laplaine, este é derrubado dentro da área em clamoroso penálti que não foi marcado.
Nessa altura a arbitragem de Tharaanga era manifestamente parcial. Qualquer bola dividida, com raras excepções, era marcada falta contra o Sporting.
Tendo que jogar contra duas equipas, o Sporting não cede e instala-se no meio campo do adversário.
Aos 42' Gaspard Laplaine faz outro remate.
INTERVALO
Aos 46' novamente Gaspard Laplaine obriga o guarda-redes contrário, especialista num passado recente em fazer gestos obscenos para o banco do Sporting, a rojar-se aos seus pés.
Salvo rarissimas excepções o adversário fica colocado fora da área do Sporting. O nosso guarda-redes poucas vezes teve de intervir.
Dado o ascendente do Sporting e a impossibilidade de penetração dos avançados do Benfica, estes chegam à conclusão que o importante é segurar o resultado, e então surge o período teatral do jogo, tentando gastar tempo, porque nessa altura já só não queriam empatar. Era a rendição depois de um golo fortuito.
Pacientemente os jogadores do Sporting esperaram o fim de cada "lesão" que dura uns minutos.
Aos 80' outra situação de quase golo para o Sporting, agora com os jogadores adversários recuados a defender.
O árbitro continua a decidir quase sempre para o mesmo lado. Um nosso avançado, Gaspar Laplaine, vai na sua velocidade característica numa arrancada para a baliza contrária. Surge-lhe pela frente um adversário que provoca um choque em que os dois caem. O árbitro, lesto, corre a marcar falta contra o Sporting. Isto ilustra bem o modo com o jogo foi arbitrado.
O número de livres marcados a favor do Sporting mostra o número de faltas cometidas para travar o Sporting. Assim é que aos 85' é mais um livre que, infelizmente não chega ao destino.
E o jogo terminaria numa situação de desespero do adversário, o tal que iria fazer o Sporting pagar a factura através de uma cabazada.
Conclusão: há um energúmeno que é "trauliteiro" por natureza. Só sabe jogar dando pancada. Mas é espantoso como os árbitros de Macau permitem que esse personagem se mantenha incólume.
Não nos ganharam, apenas meteram um golo fortuito. Ganhar é dominar o jogo, é reduzir o adversário a zero. Isso esteve bem longe de suceder!
Viva o Sporting Clube de Macau !!!
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