December 14, 2013

A PERMANENTE IMPERMANÊNCIA

O futebol em Macau está a ser muito maltratado pelo organismo que deveria lutar pela elevação da sua qualidade em Macau.

Com efeito, depois de anunciar que apenas haveria 4 dias para os clubes se registarem para o campeonato, sem que as permanentemente inovadas regras da competição estivessem traduzidas para português, lingua igualmente oficial da Região Administrativa Especial de Macau, a Associação de Futebol de Macau recuou e concedeu mais tempo, sem reconhecer que tinha errado.

Manteve no entanto, teimosamente, a questão dos portadores de B.I.R. (Bilhete de Identidade de Residente), rompendo com uma decisão por si tomada em 7 de Dezembro de 2011, aqui registada para a posteridade, e que considerava, para efeitos de futebol, que os jogadores com BIR Permanente e Temporário eram iguais. Agora já não são. Mas nós temos memória!!!



Estas injustificadas arbitrariedades, sem qualquer suporte senão o de se desautorizar a si própria, levam a Associação de Futebol de Macau ao descrédito. Nesta sua permanente impermanência de critérios, agora sob a fragilíssima desculpa de que é para promover jogadores locais, a A.F.M. dá, porém, à maneira de Brutus, todo o espaço para a humilhação dos jogadores locais que diz defender.



É que, o que afirma, é preciso é que alinhem quatro jogadores com B.I.R. Permanente de início. Quinze segundos depois, bastando apenas haver uma interrupção para poderem ser substituídos. Se isto não é um convite aberto ao insulto aos jogadores locais, não sei o que será. Mas é evidente que não perceberam o perigo da situação como esta. O que importa, neste caso – ao contrário da mulher de César – não é ser, basta parecer!

Se tudo isto não fosse tão mau, ainda se poderia invocar o Princípio de Peter, mas nem isso chega a ser.

Não pode, o Sporting de Macau, porém, deixar de aqui dizer novamente que, se querem fazer alguma coisa pelo futebol em Macau, acabem com as equipas de Sub-16, Sub-18 e Sub-23 sob a sua alçada. É que podem estar a destruír a confiança de jovens que poderiam encontrar alguma satisfação em clubes.
Mas, mais uma vez se repete a máxima “o ignorante não sabe que não sabe”.


Tudo faremos para que os jovens de Macau com valor sigam para a Academia de Alcochete, a potência máxima de FORMAÇÃO, onde estarão 3 jogadores nossos, fruto da boa cooperação entre o Sporting Clube de Portugal e a sua Filial de Macau.

O Sporting Clube de Macau não tem quaisquer problemas pessoais nem pretende competir com a A.F.M.. Existimos há mais tempo, a experiência de que somos representantes é de qualidade mundial, e os nossos valores são os de servir qualitativamente o futebol de Macau, e, assim, temos alternativas que a A.F.M. teima em não querer ter: pertencemos à maior potência de formação que já acolheu jovens de Macau e nós continuaremos a recomendar que o Instituto do Desporto envie miúdos para a Academia, até que percebam que o relvado sintético de última geração é a única resposta possível à falta de campos.


Tudo faremos, com argumentos fundados apenas na razão, para que esta Permanente Impermanência caia em si, a bem do futebol e de Macau.

December 9, 2013

DIMENSÃO, ESCALA E VISÃO

PRESIDENTE BRUNO DE CARVALHO E ANTÓNIO CONCEIÇÃO JÚNIOR

Quebrando um jejum de 35 anos, tempo superior à idade dos jogadores do Sporting Clube de Portugal e da maioria dos atletas da Filial de Macau, Bruno de Carvalho atravessou “o grande rio ou mar” conforme preceitua o I Ching (Livro das Mutações datado do terceiro milénio antes de Cristo) e após demandar a China, chegou a Macau onde se banhou no oceano de Sportinguismo que por aqui existe desde 1926.

Ao longo dos anos tenho escrito, directa e indirectamente, que Macau seria um dos grandes destinos que importava cumprir.

Uma cidade com 550 mil habitantes que tem uma receita bruta de 28 mil milhões de Euros e uma Filial do Sporting desde 1926 não pode ser ignorada. Não apenas por interesse financeiro, mas pela sua história.

O Presidente Bruno de Carvalho veio resgatar a Filial a que tenho a honra de presidir, do abandono a que estava votada. E prometeu que "Não nos esqueceremos mais do Sporting de Macau".

O Sporting de Macau sempre quis ser útil à Casa Mãe, sempre se disponibilizou a cooperar com Alvalade para desbravar várias opções para o fortalecimento financeiro do Sporting e da própria Filial, apenas para que esta possa atingir a necessária autonomia.

Pela primeira vez nutro uma esperança. Pela primeira vez digo que é preciso que o Sporting Clube de Portugal lidere a revolução de mentalidades tacanhas do rectângulo pouco ajardinado (perdoem-me a sinceridade) à beira-mar plantado, onde pululam valentões e valentinhos, capelinhas e capelões, resfolegando num espaço inteiramente virado para dentro, que nos lançou para a 17ª. Liga mundial.

É preciso sermos mais que Sportinguistas. É preciso sermos Portugueses, como aqueles que, ao longo dos séculos, saíram do país para fazer História. De Gama a Albuquerque, de Mourinho a Ronaldo.

Eu, presidente de uma modesta e distante (na geografia) Filial, revolto-me contra o conformismo, contra aqueles portugueses que recusam a grandeza de poderem ser Mourinhos ou Ronaldos, Nanis ou Moutinhos.

Uma parte do futuro do Sporting pode passar por Macau. Bruno de Carvalho ouviu-me atentamente, com humildade e visão. Confesso que fiquei e estou rendido e expectante. Em Macau agimos muito depressa.

Agora é altura de começar a passar à acção, até porque nós, Sportinguistas, podemos comandar a revolta aos caducos valentaços e quejandos caciques, e realizar a verdadeira modernização do futebol em Portugal.

Aquela que compreende onde está o poder económico. Aquela modernização que, sem Oliveiras nem azeiteiros, sabe que precisa de se abrir e de jogar ao meio dia para conquistar a Ásia.

Macau é pequeno de Dimensão, mas tem uma Escala gigantesca porque, ter receitas de 28 mil milhões de Euros não há neste momento, no mundo, nenhuma cidade que se possa gabar de, sequer, lhe estar próxima. Em dez anos Macau mudou radicalmente para esta Escala.

Se o Sporting tem uma Academia que pode ser super-valorizada, Macau tem apossibilidade de ser, na montra que já é
da China , a mais pujante representação do Sporting nesta Macau que é apetecível China.
 
Num país de quase mil e quatrocentos milhões,onde mais nenhum país europeu, ou de outro continente, possui uma Filial, uma guarda avançada, uma bandeira, já se perderam, desde 1999, pelo menos 14 anos. Uma adolescência!!!

Aqui, nós falamos chinês, aqui nós também temos connosco um excelente (à escala local) jogador chinês, num campeonato onde a avassaladora maioria das equipas são, naturalmente, chinesas.

A viagem tem de começar, sempre de Portugal para Macau. O resto não será, obviamente, público. Mas é urgente fazer como disse Camões: o Mundo todo Abarco e nada Aperto.

E que cada Português que se preze, se abra ao Mundo, que o há mais vasto do que a vista alcança e nós, que demos ao mundo mundos, saibamos continuar a cumprir, agora de outro modo, esse destino, essa vocação.

Sonhar não é apenas preciso. O Sonho Urge quando a Dimensão busca a Escala e esta se abre e clama por Visão!


António Conceição Júnior
Presidente

Sporting Clube de Macau

December 8, 2013

O UNIVERSO SPORTING

O planeta Macau

Agora que voltámos a estar connosco, estou certo de que todos perceberam a GRANDEZA a que pertencemos, e a nossa própria Grandeza.
Fomos campeões de Macau inúmeras vezes no Passado. Mas não podemos viver do Passado.

Nós temos valores que são a Identidade do Sporting Clube de Macau. E Princípios:

ESFORÇO, DEDICAÇÃO, EDUCAÇÃO, RESPEITO, CORTESIA, AFECTO.

Estes valores sempre foram por nós defendidos.

No Sporting não há lugar para Egos e Vaidades. Há apenas lugar para o TRABALHO que dignifica os HOMENS.

Convidamos todos a participarem desta tarefa, deste projecto, com HUMILDADE. Só os verdadeiramente GRANDES são HUMILDES. Todos os que estão ligados ao Sporting Clube de Macau façam convergir os seus esforços sem nada pedir.

O nosso Director António Peralta deu o melhor sem lucro. O nosso consócio João Monteiro tem-nos mimado com fotografias esplendorosas sem nunca lhe ter passado pela cabeça pedir o que quer que seja. É SPORTINGUISTA e isso chega-lhe.

Cada um pode e deve deixar de lado o seu EU, EU, EU (se o tiver) e contribuir para Edificar cada vez mais o Sporting Clube de Macau.

Não foi fim-de-festa. Antes o começo. Que cada um dos nossos sócios, adeptos, jogadores, possam compreender que o Homem só se torna grande quando se esquece de si próprio. Quando dá, enriquece-se. Quando apenas pede ou exige, empobrece-se.

Pedimos ao nossos sócios e até aos nossos jogadores, que tragam novos sócios. É importante!!!
Ajudem a edificar, a construír. Os nossos adversários é que se encarregam de destruír!

Vamos avançar todos para o mesmo lado. A grandeza faz-se da UNIÃO.

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL e o SPORTING CLUBE DE MACAU!!!