Os primeiros jogos olímpicos em que a China ganhou a primeira medalha de ouro aconteceram em 1984, em Los Angeles, quando Xu Hai Feng, no país dos cowboys, ganhou a competição de tiro de pistola a 50m.
Mas prontamente Li Ning, o príncipe dos ginastas, ganhava 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 1 de bronze.
Em 1988, nas olimpíadas de Seoul a R.P.C. terminou em décimo primeiro lugar no ranking das medalhas. Nos jogos seguintes, em Barcelona, 1992, a R.P. da China terminou em quarto lugar em matéria de medalhas. Em meros 16 anos, percorrendo Atlanta, Sydney e Atenas com rankings de quarto, terceiro e segundo país mais medalhado, Pequim consagra a R.P.C. como a campeã das medalhas, totalizando 100, das quais 51 de ouro, 21 de prata e 28 de bronze.
No momento em que este texto é escrito, a China lidera com 31 medalhas de ouro, 19 de prata e 14 de bronze.
Para um país que no século XIX foi vítima de duas Guerras do Ópio, em 1839 – 1842 e 1856 – 1860, impostas pelo império britânico, para um país que sofreu a inaudita humilhação de ter legações no seu solo onde era proibida a presença a "cães e a chineses", para um país que sofreu na carne as bestialidades de massacres como o de Nanjing e se defrontou com uma guerra civil em que o decadente poder dito Nacionalista, enfeudado em teias de promiscuidades várias terminou na ilha Formosa, com todo o ouro da China, pode-se dizer que foi épica a reconstrução da pátria de Lao Tzu, Confúcio, Mêncio, Li Bai, e tantos outros.
Como as vinganças se servem frias, assim a R.P. da China aprendeu rapidamente com os erros do passado e, reerguendo-se, cumpre por inteiro a profecia de Bonaparte e do seu arauto do século XX: Alain Peyrefitte. O mundo tremerá quando a China acordar.
Hoje, apesar das enormes contradições, a R.P. da China, com o seu tremendo pragmatismo, eufemisticamente um país de economia emergente, há já muito que vem fazendo simbolicamente afirmações do seu poder. Os Jogos Olímpicos são disso simbólico exemplo.
Assim, e empregando a terminologia tradicional chinesa, direi que é magnificente a presença da China no palco desportivo do mundo.
A acompanhar esta magnificência, a televisão tem sido pródiga em mostrar a tecnologia ao serviço do desporto. Desde as pistas de tartan onde se correm os cem, duzentos, quatrocentos, oitocentos metros e tantas outras distâncias, até aos varões de fibra de vidro para o salto à vara, ou aos arcos para flecha, passando pelos pisos sintéticos do hóquei em campo, do volleyball, dos tatami sintéticos para judo, até ao piso do ténis de mesa e de partes significativas do trajecto do triatlo, passando pelos instrumentos de medição de tempo e registos de chegadas (photo finish), tudo é – como deve ser – produto da tecnologia que vem provando já nem ser alternativa, mas o único meio credível aos materiais naturais anteriormente utilizados. Londres constitui, depois de Pequim, outra consagração da tecnologia ao serviço do desporto, no prosseguimento do desenvolvimento tecnológico.
Quando as organizações do Jogos Olímpicos - cuja intensidade de utilização de instalações é enorme, conduzindo à natural escolha de materiais capazes de suportar cargas de grande densidade de utilização, conduzindo a opções de durabilidade que ficarão para utilização posterior ao evento – fazem opções assentes sobretudo na tecnologia que capitaliza na imutabilidade dos materiais perante cargas intensivas, demonstrando assim a excelência das mesmas, quando até equipas de futebol, futebol americano e râguebi utilizam relvado sintético de última geração pela durabilidade, baixo índice de manutenção, inalterabilidade no longo prazo. Por fim, quando clubes de nível mundial usam relvados sintéticos para treinos diários com o fim de poupar a relva que é usada apenas no dia do jogo, quando clubes pobres usam relvados sintéticos porque são de fácil manutenção, seria de presumir que em Macau se recolhesse o exemplo do velhissimo sintético do colégio D.Bosco onde a manutenção é quase inexistente e onde jogam 140 equipas em 4 jogos diários.
Perante evidências olímpicas e específicas, perante a confessada carga de jogos que destrói a relva natural de qualidade questionável, que rapidamente se deteriora face à intensidade dos jogos, fica a perplexidade pela inexistência de medidas alternativas.
Por outras palavras, alguns desportos como o futebol e o râguebi, ficam reféns de umas escassas vontades ou, melhor dizendo, da falta delas.
Não se percebe bem é porquê. Se se trata da veneração por valores mais altos que, por volta da época do Natal queiram utilizar algum estádio, se por falta de esclarecimento técnico específico, se pela teimosia de que relva natural é que é prestigiante - não importa as consequências - numa total distorção do que é o espírito tecnológico-olímpico.
E como nada se esclarece, como nada se diz, constrói-se o terreiro para todas as especulações.
Pelo sim pelo não aqui fica o link para a continuação da petição cuja origem, estando no Sporting Clube de Macau, não pretende senão servir Macau por mais este gesto proactivo. As escolhas entre o óbvio, o evolutivo, o tecnológico de um lado, e o inexplicado (porque inexplicável?) patenteiam-se aqui. O exercício da Cidadania é um valor que cada um de nós devemos assumir. Mas a cada um a sua consciência.
Mas prontamente Li Ning, o príncipe dos ginastas, ganhava 3 medalhas de ouro, 2 de prata e 1 de bronze.
Em 1988, nas olimpíadas de Seoul a R.P.C. terminou em décimo primeiro lugar no ranking das medalhas. Nos jogos seguintes, em Barcelona, 1992, a R.P. da China terminou em quarto lugar em matéria de medalhas. Em meros 16 anos, percorrendo Atlanta, Sydney e Atenas com rankings de quarto, terceiro e segundo país mais medalhado, Pequim consagra a R.P.C. como a campeã das medalhas, totalizando 100, das quais 51 de ouro, 21 de prata e 28 de bronze.
No momento em que este texto é escrito, a China lidera com 31 medalhas de ouro, 19 de prata e 14 de bronze.
Para um país que no século XIX foi vítima de duas Guerras do Ópio, em 1839 – 1842 e 1856 – 1860, impostas pelo império britânico, para um país que sofreu a inaudita humilhação de ter legações no seu solo onde era proibida a presença a "cães e a chineses", para um país que sofreu na carne as bestialidades de massacres como o de Nanjing e se defrontou com uma guerra civil em que o decadente poder dito Nacionalista, enfeudado em teias de promiscuidades várias terminou na ilha Formosa, com todo o ouro da China, pode-se dizer que foi épica a reconstrução da pátria de Lao Tzu, Confúcio, Mêncio, Li Bai, e tantos outros.
Como as vinganças se servem frias, assim a R.P. da China aprendeu rapidamente com os erros do passado e, reerguendo-se, cumpre por inteiro a profecia de Bonaparte e do seu arauto do século XX: Alain Peyrefitte. O mundo tremerá quando a China acordar.
Hoje, apesar das enormes contradições, a R.P. da China, com o seu tremendo pragmatismo, eufemisticamente um país de economia emergente, há já muito que vem fazendo simbolicamente afirmações do seu poder. Os Jogos Olímpicos são disso simbólico exemplo.
Assim, e empregando a terminologia tradicional chinesa, direi que é magnificente a presença da China no palco desportivo do mundo.
A acompanhar esta magnificência, a televisão tem sido pródiga em mostrar a tecnologia ao serviço do desporto. Desde as pistas de tartan onde se correm os cem, duzentos, quatrocentos, oitocentos metros e tantas outras distâncias, até aos varões de fibra de vidro para o salto à vara, ou aos arcos para flecha, passando pelos pisos sintéticos do hóquei em campo, do volleyball, dos tatami sintéticos para judo, até ao piso do ténis de mesa e de partes significativas do trajecto do triatlo, passando pelos instrumentos de medição de tempo e registos de chegadas (photo finish), tudo é – como deve ser – produto da tecnologia que vem provando já nem ser alternativa, mas o único meio credível aos materiais naturais anteriormente utilizados. Londres constitui, depois de Pequim, outra consagração da tecnologia ao serviço do desporto, no prosseguimento do desenvolvimento tecnológico.
Quando as organizações do Jogos Olímpicos - cuja intensidade de utilização de instalações é enorme, conduzindo à natural escolha de materiais capazes de suportar cargas de grande densidade de utilização, conduzindo a opções de durabilidade que ficarão para utilização posterior ao evento – fazem opções assentes sobretudo na tecnologia que capitaliza na imutabilidade dos materiais perante cargas intensivas, demonstrando assim a excelência das mesmas, quando até equipas de futebol, futebol americano e râguebi utilizam relvado sintético de última geração pela durabilidade, baixo índice de manutenção, inalterabilidade no longo prazo. Por fim, quando clubes de nível mundial usam relvados sintéticos para treinos diários com o fim de poupar a relva que é usada apenas no dia do jogo, quando clubes pobres usam relvados sintéticos porque são de fácil manutenção, seria de presumir que em Macau se recolhesse o exemplo do velhissimo sintético do colégio D.Bosco onde a manutenção é quase inexistente e onde jogam 140 equipas em 4 jogos diários.
Perante evidências olímpicas e específicas, perante a confessada carga de jogos que destrói a relva natural de qualidade questionável, que rapidamente se deteriora face à intensidade dos jogos, fica a perplexidade pela inexistência de medidas alternativas.
Por outras palavras, alguns desportos como o futebol e o râguebi, ficam reféns de umas escassas vontades ou, melhor dizendo, da falta delas.
Não se percebe bem é porquê. Se se trata da veneração por valores mais altos que, por volta da época do Natal queiram utilizar algum estádio, se por falta de esclarecimento técnico específico, se pela teimosia de que relva natural é que é prestigiante - não importa as consequências - numa total distorção do que é o espírito tecnológico-olímpico.
E como nada se esclarece, como nada se diz, constrói-se o terreiro para todas as especulações.
Pelo sim pelo não aqui fica o link para a continuação da petição cuja origem, estando no Sporting Clube de Macau, não pretende senão servir Macau por mais este gesto proactivo. As escolhas entre o óbvio, o evolutivo, o tecnológico de um lado, e o inexplicado (porque inexplicável?) patenteiam-se aqui. O exercício da Cidadania é um valor que cada um de nós devemos assumir. Mas a cada um a sua consciência.
Saudações Leoninas.