Caros Consócios e Adeptos,
Foi recebida por via digital, esperando-se que chegue o original por correio, a Declaração de Reconhecimento da nossa Filial, que todos vós podereis clicar na imagem supra para aumentar e descarregar.
Curiosamente, não vem nem a data nem o nome do Presidente do Sporting Clube de Portugal, o que gerou alguma perplexidade entre os corpos gerentes.
Com efeito, não fica para memória futura nenhuma referência, o que é uma pena...
De qualquer modo, e no seguimento do que se disse na nota anterior sobre o início de época renova-se o pedido para que os sócios adiram massivamente - porque são uma força - à liquidação das quotas anuais que se encontram até 31 de Outubro inclusivé no montante anual de MOP1.000 (mil patacas), isto é, com o bónus de dois meses.
Efectivamente a participação na 3a. divisão envolve mais custos. Serão agora não 14 jogadores mas 22 a 24, e com isso acréscimo de despesas com:
- equipamentos
- chuteiras e caneleiras
- bolas para futebol de 11 (tamanho 5)
- roupeiro
- água
- aluguer de campo para treinos (campo relvado para futebol de onze custa MOP900 por hora)
o que só por si significa que cada sessão de treinos de duas horas custará MOP1.800 se se usar
o campo de futebol de onze.
- bónus de refeição aos jogadores
e por isto podem os sócios imaginar, já que se pretendem mais sessões de treino semanais, que irá ser bem mais custoso do que o ano passado e que haverá torneio de bolinha seguido de futebol de onze, o que representará uma época mais prolongada e, assim, mais cara.
A nossa equipa recebeu ontem um convite para um jogo treino com a equipa do F.C.Porto, que se irá realizar no Colégio D.Bosco, pelas 20:00 horas de Sábado, dia 31 de Julho.
Dado que houve que reforçar a equipa e, em alguns casos, a direcção tem estado ocupada a proceder ao registo dos novos jogadores, os treinos irão apenas começar depois do encontro do dia 31 de Julho e prevê-se que o mês de Setembro traga algumas ausências para férias.
Foi recebida por via digital, esperando-se que chegue o original por correio, a Declaração de Reconhecimento da nossa Filial, que todos vós podereis clicar na imagem supra para aumentar e descarregar.
Curiosamente, não vem nem a data nem o nome do Presidente do Sporting Clube de Portugal, o que gerou alguma perplexidade entre os corpos gerentes.
Com efeito, não fica para memória futura nenhuma referência, o que é uma pena...
De qualquer modo, e no seguimento do que se disse na nota anterior sobre o início de época renova-se o pedido para que os sócios adiram massivamente - porque são uma força - à liquidação das quotas anuais que se encontram até 31 de Outubro inclusivé no montante anual de MOP1.000 (mil patacas), isto é, com o bónus de dois meses.
Efectivamente a participação na 3a. divisão envolve mais custos. Serão agora não 14 jogadores mas 22 a 24, e com isso acréscimo de despesas com:
- equipamentos
- chuteiras e caneleiras
- bolas para futebol de 11 (tamanho 5)
- roupeiro
- água
- aluguer de campo para treinos (campo relvado para futebol de onze custa MOP900 por hora)
o que só por si significa que cada sessão de treinos de duas horas custará MOP1.800 se se usar
o campo de futebol de onze.
- bónus de refeição aos jogadores
e por isto podem os sócios imaginar, já que se pretendem mais sessões de treino semanais, que irá ser bem mais custoso do que o ano passado e que haverá torneio de bolinha seguido de futebol de onze, o que representará uma época mais prolongada e, assim, mais cara.
A nossa equipa recebeu ontem um convite para um jogo treino com a equipa do F.C.Porto, que se irá realizar no Colégio D.Bosco, pelas 20:00 horas de Sábado, dia 31 de Julho.
Dado que houve que reforçar a equipa e, em alguns casos, a direcção tem estado ocupada a proceder ao registo dos novos jogadores, os treinos irão apenas começar depois do encontro do dia 31 de Julho e prevê-se que o mês de Setembro traga algumas ausências para férias.
O nosso Clube passou a contar com a contribuição do professor Agostinho Caetano - que apesar de ter ficado só de uma expectável equipa de três, como fugazmente existiu no princípio da actividade do Sporting Clube de Macau cujos treinadores sempre contaram com o apoio incondicional da direcção - como treinador principal e está certo que a curto prazo, as metodologias de treino possam produzir resultados em jogadores muito dedicados mas na sua maioria jovens. É uma tarefa árdua que a hombridade do professor Agostinho Caetano, na sua fidelidade à palavra dada, e no seu Sportinguismo, será sem dúvida correspondida pelos jogadores que são um grupo muito saudável e coeso.
Por fim, houve notícias referentes à notícia do jornal i sobre a Academia que o Sporting pretende abrir algures na China. É esse algures, indefinido que causa estranheza.
Sobre esta matéria, já tratada na imprensa local, desejaria dizer aos sócios, em primeira mão, o seguinte:
Manifesta-se, instalada na sociedade Portuguesa, uma cultura de conflito, de confronto, que em nada beneficia o país no seu todo. É vê-la pujante na política, no desporto, no trabalho, na escola, no hospital.
Esta falta de harmonia gera, necessariamente, processos não poucas vezes despojados de consistência e coerência e, mais grave ainda, de estratégia, daquela que fez da China paupérrima dos anos 60, no temido gigante do século XXI.
Existe uma realidade que caracteriza generalizadamente a economia portuguesa desde pelo menos há 36 anos, para não ir mais atrás: a prestação de serviços!!!
Portugal e os seus pequenos e médios empresários fizeram assentar grande parte da sua indústria numa prestação de serviços para outrem, anónima, sem mais valias. Esta característica será uma das grandes responsáveis pelos despedimentos em massa e pelas insolvências e falências de centenas de fábricas por falta de competitividade com países como o Vietname, Laos, Cambodja e ainda a própria China que, naturalmente, oferecem preços mais competitivos. É algo generalizado, é a regra e não a excepção. Veja-se o que aconteceu à Lisnave, a título de exemplo.
Como se isto não bastasse, não fomos capazes de criar ao longo dos anos, uma mais valia para os nossos produtos e respectivas marcas. Todas as marcas deveriam possuír mais valias que constituiriam em si um indício de uma preocupação com o mercado externo. Quanto mais pequeno o país, mais importante se tornaria essa valorização. Que o diga a Suíça com os seus relógios, chocolates e banca, para não falar na hotelaria e turismo.
Tentar compreender toda esta aparente complexidade sem atentar no que ficou dito seria olhar a árvore e esquecer a floresta.
É pois neste contexto quase generalizado que vive o futebol em Portugal onde o objectivo da maioria dos clubes é constituírem-se numa espécie de viveiros de jogadores, que são depois vendidos para ligas mais competitivas e financeiramente muito mais poderosas, o que leva a concluír que esta realidade se torna incompatível com a elevação do nível da Liga Portuguesa para uma maior competitividade internacional, dado que este desígnio, que seria sempre patriótico, não parece ser um desiderato colectivo. Isto é, as guerras de alecrim e manjerona fazem-se domésticamente e o resultado manifesta-se internacionalmente, pelo anonimato, com algumas honrosas excepções conhecidas.
E é nesta Liga que nos vamos todos arrastando, tão engalfinhados uns contra os outros que o mundo nos passa ao lado.
O que me leva à conclusão de que, de facto, existe uma realidade fortemente virada para dentro, e onde tudo o mais é “estrangeiro”, e em que a integração na União Europeia não veio trazer assim tão grandes mudanças nas práticas e hábitos.
Deste contexto de viver para dentro e dizer “lá fora” resultou sempre uma incapacidade de ler a necessidade de conferir às já aludidas mais valias dos produtos nacionais nas suas incursões ao exterior. É nesta realidade da incompreensão entre o doméstico e o “lá fora” que faz presumir, generalizadamente, que aquilo que se conhece dentro se conhece fora de portas.
Ora sucede que não é esta a realidade! Há que ter bom senso e perceber quem no mundo “compra” o caso específico do Sporting Lisbon, como lhe chamam. Terá o Sporting suficiente projecção internacional? Quiseramos nós todos que tivesse. Terá a Liga Portuguesa importância internacional? Olhemos o que se passa na vizinha Espanha. Os espanhóis ganharam o Campeonato da Europa e agora o Campeonato do Mundo. No ciclismo o Contador ganhou o Tour pela terceira vez. No hóquei em patins é o que sabemos. No ténis está o Nadal no topo.
Ora, que artes mágicas nos separam? O que diferencia tão profundamente duas atitudes ibéricas?
Quando todos os Sportinguistas acordarem para a subjectividade e relatividade que compõe todas as realidades auto-centradas, será talvez então possível o primeiro passo para começar um verdadeiro processo de crescimento, cuja engenharia financeira vem provando ser o fracasso de mais de 15 anos a que acrescem as actuais condições do preço e disponibilidade do dinheiro.
Há que compreender que o mundo não está interessado na nossa paixão clubística. Essa é nossa e a nós nos compete gerir, se possível da maneira mais racional e desapaixonada, porque é assim que as coisas se resolvem. O mundo não está interessado em quantos troféus temos do passado. É o futuro que importa. E esses estão ainda por conquistar. Verdade puramente La Pallissiana.
E esse futuro tem de ter uma estratégia que não pode assentar exclusivamente no Franchising da Academia. Esse é, na Ásia, o primeiro passo. Quem conhece o Sporting na Ásia? Ninguém, à excepção de Macau. Então o sucesso da Academia é ser uma escola de futebol, ainda sem destino anunciado, quando deveria ser, na China, o primeiro passo para que o Sporting se projecte nesta área do globo, por intermédio de Macau. Temos de olhar a realidade de frente e reconhecer que o Figo, o Cristiano Ronaldo, o Nani, são por si mais conhecidos internacionalmente, e sobretudo na Ásia, do que o nosso Sporting! Esta é uma realidade incontornável, e só chamando os bois pelos nomes as coisas se podem corrigir.
De facto, à maneira dos pequenos-grandes jogadores, Macau foi e é o lugar por excelência porque, de toda a China, foi aqui que os grandes Casinos de Las Vegas escolheram para construír novos casinos que lhes equilibraram as perdas. Porque será? Foi também aqui que a maior clínica dentária do mundo, a Clínica e Spa Maló, investiu milhões e não em Pequim ou Xangai. É aqui que os bancos fazem consórcios para milhares de milhões de empréstimos.
É por aqui que passa o Delta do Rio das Pérolas, o triângulo Macau, Hong Kong e Cantão que responde por 100 milhões de habitantes e tem um inaudito crescimento. E porque existem bancos portugueses em Macau. E porque toda a China com dinheiro converge para aqui. E porque existe uma Filial.
Por isso, existindo esta Filial com um projecto apresentado, é no mínimo estranho que estas iniciativas passem ao largo de Macau. E embora nada seja certo, a nossa postura é de serviço ao Sporting, a Portugal e a Macau, daí se poderá inferir o modo como cada um olha para o mundo... ou para o seu umbigo.
Não compro guerras, procuro apenas ser coerente desde a visita do simpatiquíssimo Dr. Menezes Rodrigues, e defender aquilo em que acredito. O diálogo nunca fez mal a ninguém.
Saudações Leoninas!!!
Viva o Sporting Clube de Portugal !!!
Viva o Sporting Clube de Macau !!!
António Conceição Júnior
Por fim, houve notícias referentes à notícia do jornal i sobre a Academia que o Sporting pretende abrir algures na China. É esse algures, indefinido que causa estranheza.
Sobre esta matéria, já tratada na imprensa local, desejaria dizer aos sócios, em primeira mão, o seguinte:
Manifesta-se, instalada na sociedade Portuguesa, uma cultura de conflito, de confronto, que em nada beneficia o país no seu todo. É vê-la pujante na política, no desporto, no trabalho, na escola, no hospital.
Esta falta de harmonia gera, necessariamente, processos não poucas vezes despojados de consistência e coerência e, mais grave ainda, de estratégia, daquela que fez da China paupérrima dos anos 60, no temido gigante do século XXI.
Existe uma realidade que caracteriza generalizadamente a economia portuguesa desde pelo menos há 36 anos, para não ir mais atrás: a prestação de serviços!!!
Portugal e os seus pequenos e médios empresários fizeram assentar grande parte da sua indústria numa prestação de serviços para outrem, anónima, sem mais valias. Esta característica será uma das grandes responsáveis pelos despedimentos em massa e pelas insolvências e falências de centenas de fábricas por falta de competitividade com países como o Vietname, Laos, Cambodja e ainda a própria China que, naturalmente, oferecem preços mais competitivos. É algo generalizado, é a regra e não a excepção. Veja-se o que aconteceu à Lisnave, a título de exemplo.
Como se isto não bastasse, não fomos capazes de criar ao longo dos anos, uma mais valia para os nossos produtos e respectivas marcas. Todas as marcas deveriam possuír mais valias que constituiriam em si um indício de uma preocupação com o mercado externo. Quanto mais pequeno o país, mais importante se tornaria essa valorização. Que o diga a Suíça com os seus relógios, chocolates e banca, para não falar na hotelaria e turismo.
Tentar compreender toda esta aparente complexidade sem atentar no que ficou dito seria olhar a árvore e esquecer a floresta.
É pois neste contexto quase generalizado que vive o futebol em Portugal onde o objectivo da maioria dos clubes é constituírem-se numa espécie de viveiros de jogadores, que são depois vendidos para ligas mais competitivas e financeiramente muito mais poderosas, o que leva a concluír que esta realidade se torna incompatível com a elevação do nível da Liga Portuguesa para uma maior competitividade internacional, dado que este desígnio, que seria sempre patriótico, não parece ser um desiderato colectivo. Isto é, as guerras de alecrim e manjerona fazem-se domésticamente e o resultado manifesta-se internacionalmente, pelo anonimato, com algumas honrosas excepções conhecidas.
E é nesta Liga que nos vamos todos arrastando, tão engalfinhados uns contra os outros que o mundo nos passa ao lado.
O que me leva à conclusão de que, de facto, existe uma realidade fortemente virada para dentro, e onde tudo o mais é “estrangeiro”, e em que a integração na União Europeia não veio trazer assim tão grandes mudanças nas práticas e hábitos.
Deste contexto de viver para dentro e dizer “lá fora” resultou sempre uma incapacidade de ler a necessidade de conferir às já aludidas mais valias dos produtos nacionais nas suas incursões ao exterior. É nesta realidade da incompreensão entre o doméstico e o “lá fora” que faz presumir, generalizadamente, que aquilo que se conhece dentro se conhece fora de portas.
Ora sucede que não é esta a realidade! Há que ter bom senso e perceber quem no mundo “compra” o caso específico do Sporting Lisbon, como lhe chamam. Terá o Sporting suficiente projecção internacional? Quiseramos nós todos que tivesse. Terá a Liga Portuguesa importância internacional? Olhemos o que se passa na vizinha Espanha. Os espanhóis ganharam o Campeonato da Europa e agora o Campeonato do Mundo. No ciclismo o Contador ganhou o Tour pela terceira vez. No hóquei em patins é o que sabemos. No ténis está o Nadal no topo.
Ora, que artes mágicas nos separam? O que diferencia tão profundamente duas atitudes ibéricas?
Quando todos os Sportinguistas acordarem para a subjectividade e relatividade que compõe todas as realidades auto-centradas, será talvez então possível o primeiro passo para começar um verdadeiro processo de crescimento, cuja engenharia financeira vem provando ser o fracasso de mais de 15 anos a que acrescem as actuais condições do preço e disponibilidade do dinheiro.
Há que compreender que o mundo não está interessado na nossa paixão clubística. Essa é nossa e a nós nos compete gerir, se possível da maneira mais racional e desapaixonada, porque é assim que as coisas se resolvem. O mundo não está interessado em quantos troféus temos do passado. É o futuro que importa. E esses estão ainda por conquistar. Verdade puramente La Pallissiana.
E esse futuro tem de ter uma estratégia que não pode assentar exclusivamente no Franchising da Academia. Esse é, na Ásia, o primeiro passo. Quem conhece o Sporting na Ásia? Ninguém, à excepção de Macau. Então o sucesso da Academia é ser uma escola de futebol, ainda sem destino anunciado, quando deveria ser, na China, o primeiro passo para que o Sporting se projecte nesta área do globo, por intermédio de Macau. Temos de olhar a realidade de frente e reconhecer que o Figo, o Cristiano Ronaldo, o Nani, são por si mais conhecidos internacionalmente, e sobretudo na Ásia, do que o nosso Sporting! Esta é uma realidade incontornável, e só chamando os bois pelos nomes as coisas se podem corrigir.
De facto, à maneira dos pequenos-grandes jogadores, Macau foi e é o lugar por excelência porque, de toda a China, foi aqui que os grandes Casinos de Las Vegas escolheram para construír novos casinos que lhes equilibraram as perdas. Porque será? Foi também aqui que a maior clínica dentária do mundo, a Clínica e Spa Maló, investiu milhões e não em Pequim ou Xangai. É aqui que os bancos fazem consórcios para milhares de milhões de empréstimos.
É por aqui que passa o Delta do Rio das Pérolas, o triângulo Macau, Hong Kong e Cantão que responde por 100 milhões de habitantes e tem um inaudito crescimento. E porque existem bancos portugueses em Macau. E porque toda a China com dinheiro converge para aqui. E porque existe uma Filial.
Por isso, existindo esta Filial com um projecto apresentado, é no mínimo estranho que estas iniciativas passem ao largo de Macau. E embora nada seja certo, a nossa postura é de serviço ao Sporting, a Portugal e a Macau, daí se poderá inferir o modo como cada um olha para o mundo... ou para o seu umbigo.
Não compro guerras, procuro apenas ser coerente desde a visita do simpatiquíssimo Dr. Menezes Rodrigues, e defender aquilo em que acredito. O diálogo nunca fez mal a ninguém.
Saudações Leoninas!!!
Viva o Sporting Clube de Portugal !!!
Viva o Sporting Clube de Macau !!!
António Conceição Júnior