O atraso com que se procedeu à presente actualização, ficou a dever-se ao excesso de trabalho. Peço a melhor compreensão de todos.
Provavelmente os sócios, que são o clube, não tiveram ainda oportunidade de consciencializar em profundidade, que estamos no Ano Zero e que, na próxima semana me foi assegurado ,pela Imprensa Oficial, que os Estatutos do Sporting Clube de Macau sairiam, apesar de terem sido atempadamente entregues para saírem ontem, quarta-feira.
O
Ano Zero, para um clube que esteve adormecido por 20 anos significaria - se fosse um ser humano - uma atrofia muscular irrecuperável, muito maior do que as imagens que vimos dos campos de concentração nazis. Felizmente, sendo um clube, o nosso clube, a sua reactivação permite tirar ilacções e aprender com o passado. E nessa aprendizagem cabe dizer que não é possível viver com base num Mecenas, porque isso seria condenar o clube à vontade desse Mecenas e torná-lo refém de uma única vontade, para satisfazer a carolice de uma equipa de futebol, e não oferecer, a seu tempo, um horizonte mais vasto, característico do ecletismo do Sporting Clube de Portugal e, porque assim é, característico do Sporting Clube de Macau, porque há sócios que jogam ou jogaram futebol, futebol de sete, a bolinha (bola tamanho no. 4), futsal, hóquei em campo, basquetebol, voleibol, atletismo, artes marciais, etc. etc.
Esclarecido este aspecto, convém dizer que desde Fevereiro, após as eleições que:
1. se começou a trabalhar na agilização dos venerandos Estatutos de 1951 que tinha mais de
160 artigos, transformando-os em apenas
54 artigos, o que constituiu para os especialistas envolvidos, não só uma tarefa hercúlea de distinguir o essencial do dispensável e, com isso, actualizar e projectar os Estatutos para o futuro;
2. se reiniciou de imediato a admissão de sócios, tendo crescido, de
42 sócios para
93 sócios adultos e
13 sócios juvenis, pelo que se aproveita o ensejo para anunciar mais
3 adesões que me chegaram às mãos, sem contar com outras que estão nas mãos de outro membro da direcção. Assim, tornaram-se sócios:
-
Álvaro Augusto Macedo Caixeiro-
João Pedro Machado Pinto de Almeida-
Pedro Lei Caixeiro (sócio juvenil).
Benvindos!!!
elevando-se o número de sócios para
95 adultos e
14 juvenis o que totaliza
109 sócios sem contar com as inscrições que ainda me não chegaram às mãos.
Somos sem qualquer sombra de dúvida, o Clube em Macau com maior número de sócios, o que nos confere a todos uma força para fazermos ouvir a nossa voz.
3.Porém, e cientes de que o desporto maioritariamente favorito é o futebol, recebemos comovidos e agradecidos, do
Paulo Conde e do
Armando Queirós Manuel "
Mandinho", o generoso oferecimento para treinarem o clube do seu coração, fazendo juz a dois valores que desde a primeira hora defendi:
O conceito de
Associativismo Participado que defendo, e a adaptação da célebre frase de John F. Kennedy: "
Não perguntes o que o teu (país)
clube pode fazer por ti. Pergunta antes o que podes fazer pelo teu (país)
clube! que tive oportunidade de referir no dia 15 de Fevereiro p.p., após a tomada de posse.
Paulo Conde e Mandinho falando com os jogadores
(o que podemos fazer pelo nosso Sporting!)
Daí que seja, comovidamente que rendo pública homenagem a estes dois grandes Sportinguistas e homens de bem que, tirando horas e horas à família, dedicam o seu tempo livre a preparar as equipas do
Sporting Clube de Macau, com um objectivo: Entrarmos no campeonato para ganharmos a 4a. divisão e seguir por aí fora até sermos, como no passado, Campeões de Macau da Primeira Divisão.
Sérgio Perez e Mandinho, equipados a rigor a suas expensas.
A equipa de séniores com alguns júniores de permeio
A equipa ouvindo atentamente os Misters Paulo e Mandinho
À guiza de curiosidade, um recém-chegado jogador sócio ou adepto vimarenense, após indagar da existência de filiais, disse-me pessoalmente que, na ausência do Vitória de Guimarães, o
Sporting era o clube pelo qual queria jogar. E foi muito bem acolhido por todos.
A direcção, sem quaisquer apoios além da taxa de inscrição de sócio que passou a designar-se nos novos Estatutos por jóia, no valor de MOP $100,00 (cem patacas) os
42 sócios já aludidos, registados para votarem em 15 de Fevereiro, puderam crescer para os actuais
95 sócios adultos e 14 sócios menores, o que significa que, ao longo deste período contou a direcção, para tudo, e em momentos muito distintos, com um total de meras MOP$ 9.500,00.
Ainda assim foi capaz de, com isso, pagar duas sessões de Assembleia Geral no Hotel MetroPark, a MOP$ 880,00 cada, à falta de uma sede, que as condições actuais tornam proibitiva.
Foi ainda capaz de participar no Arraial de São João com uma tendinha promocional, onde além de ter recolhido mais adesões de sócios, apresentou produtos promocionais pagos, além de bebidas e salgadinhos, enquanto que simultaneamente se desdobrava na resposta à expectativa dos sócios dando luz verde para a criação de condições mínimas possíveis de uma equipa de futebol sénior e outra de júniores que será o suporte para um princípio de formação. Tudo isto, volto a repetir, foi feito com extrema dificuldade, imenso esforço, e com nove mil e quinhentas patacas (novecentos e cinquenta euros).
4. Bastará dizer que, só a publicação dos Estatutos em Boletim Oficial custam MOP$8.000,00 (oito mil patacas) para que finalmente possamos ter um Estatuto Oficial na próxima semana e a possibilidade de nos inscrevermos no Instituto dos Desportos de Macau e na Associação de Futebol de Macau para assim podermos participar no campeonato. Valerá igualmente a pena elucidar que o aluguer do campo para cada treino custa MOP$300,00 (trezentas patacas).
Por esta simplicíssima contabilidade, poderá cada sócio avaliar o que tem sido feito silenciosamente e com os cofres vazios.
E se hoje aqui se dá conta disto, é para que se saiba que não está nem nunca esteve nos meus hábitos prometer ou anunciar o que se vai fazer. Prefiro, e comigo os corpos gerentes, usar da multi-milenar sabedoria chinesa e apenas mostrar obra feita, para o que contamos com o apoio e a crítica frontal dos sócios.
Daí que, novamente, faça um apelo a todos os sócios: vai haver uma Assembleia Geral ainda este mês, para aprovar a versão/versões finais do emblema e definir o valor da jóia e da quota, como vem nos Estatutos.
Por isso, no artigo
24º. se estatui que o montante da jóia e da quota serão fixados em Assembleia Geral, revelando deste modo uma vontade de flexibilidade em função do estado das finanças do Clube, e jamais por mero capricho. Isto é, não cabe nas intenções desta direcção definir quotas sem critério. Por isso, porque constitui
direito e
dever * de todos os sócios participarem nas Assembleias Gerais, se
exorta vivamente a que o façam, e com pontualidade para que o tempo seja maximizado e tudo possa ser decidido atempadamente.
Nota*: No
Capítulo III, Secção II – Direitos e Deveres dos Sócios, Artigo 16º. dos novos Estatutos se diz claramente “
3 - A assistir e participar nas Assembleias Gerais;”
E assim se dá aqui conta aos sócios, de que nunca a direcção iniciou o movimento de recolha de quotas sem o
Sporting Clube de Macau estar oficializado, sem haver uma conta bancária a dizer
Sporting Clube de Macau. pois moralmente não faria sentido e a força moral é, para os corpos gerentes do
Sporting Clube de Macau, o pilar sobre o qual pautam o seu trabalho.
5. Sendo inteiramente contra o mono-Mecenato, sujeito aos humores do Mecenas, é importante esclarecer os sócios e adeptos de que o Sporting Clube de Macau tem um plano, uma doutrina planificada que não assenta apenas no mais que valioso
Associativismo Participado.
No plano dos
Patrocínios, já conseguiu a direcção obter um,
valioso. Está porém a negociar outros contando com a característica da
Inércia decorrente de duas décadas de inactividade define-se como "
a propriedade física da matéria (e segundo a Relatividade, também da energia). Considere um corpo não submetido à acção de forças ou submetido a um conjunto de forças de resultante nula; nesta condição esse corpo não sofre variação de velocidade. Isto significa que, se está parado, permanece parado, e se está em movimento, permanece em movimento e a sua velocidade mantém-se constante. Tal princípio, formulado pela primeira vez por Galileu e, posteriormente, confirmado por Newton, é conhecido como primeiro princípio da Dinâmica (1ª lei de Newton) ou princípio da Inércia."
Atrevemo-nos a pensar que apenas o
Sporting Clube de Macau tem, no actual contexto desportivo de Macau, uma perspectiva mais alargada que só pode assentar na existência de uma política que, embora privilegie o futebol no
Ano Zero como actividade quase exclusiva, que responda não só às mais imediatas aspirações dos sócios, e jogadores que ansiavam pelo surgimento do
Sporting Clube de Macau, mas também como actividade mobilizadora de toda a massa associativa, não deixa de ter em conta, em etapas progressivas, outras actividades desportivas próprias e carcterísticas do Ecletismo Sportinguista, assentes num projecto realista e ambicioso mas sobretudo Sportinguista, que oportunamente será, se e quando atingir contornos mais definidos, dado a conhecer, na certeza de que, se o
Sporting Clube de Portugal e o
Sporting Clube de Macau fossem um país, o projecto seria eminentemente patriótico. Assim, será
Sportinguista e, se a comparação se faz, tem ela a ver com o alcance e o impacto que poderá ter se, para tal, houver a compreensão do que é a China, dos 400 milhões de classe média, das centenas de milhares de milhões que empresas de jogo de Macau e de Las Vegas lucram por via do extraordinário posicionamento estratégico de Macau não só junto da China e dos seus 400 milhões de classe média mas, e também, junto de todo o Sudeste Asiático.
Por isso entendemos que o
Sporting Clube de Macau é uma enorme mais valia, um motor de 400 cavalos e um veio de transmissão que pode servir a um carro para se tornar no mais potente bólide.
Do mesmo modo a fraqueza é uma força enorme, se a visão a acompanhar (tem a R.P. da China dito muitas vezes que dá preferência a parcerias com Portugal porque, detendo valiosíssimo
know how em algumas áreas, é um país pequeno, mas amigo de quatro séculos, que não representa qualquer ameaça para a China). É preciso despertar o desejo de saber profundamente o que é Macau.
São estes, alguns dos pontos mais relevantes e que merecem todo o nosso empenho porque o nosso
Sporting Clube de Portugal merece-o e o nosso
Sporting Clube de Macau também, para que um dia possa almejar ser campeão da Ásia.
Não digas nunca que é impossível. Diz antes que não queres.Caros leões de Macau, Sócios e Adeptos, há algo que todos temos sempre de nos lembrar e que faz parte do Sporting Clube de Portugal: