December 11, 2014

ENTRE CEGUEIRA, VISLUMBRE E VISÃO


A hipótese de Liedson vir jogar para o Sporting Clube de Macau, além de constituir um exemplo de empreendedorismo e visão, ela representa a compreensão das potencialidades da cidade com o terceiro PIB mais alto do mundo, acima da Suíça, embora com uma distribuição discutível da riqueza e, igualmente, do facto de ser a montra para a maior economia do mundo, a República Popular da China.

Assim, a potencial vinda de Liedson para o Sporting Clube de Macau constitui como que um sinal de alerta para Portugal e Brasil e seus empresários, em relação a uma cidade que só ela constitui um mercado de 30 milhões de visitantes ansiosos de gastarem dinheiro e apenas uma ínfima fracção do maior mercado do mundo.

Macau assume-se assim, com Liedson, no paradigma das potencialidades que empresas portuguesas e brasileiras parecem querer desconhecer. Hoje em dia, muitos dos negócios do futebol, em si, estão ligados a outros, de um modo holístico, particularmente numa cidade onde os lucros com o jogo foram, em 2013, da ordem de 4.400 mil milhões de USDólares mensais.

Esse paragidma é, também uma voz da consciência sobre o que a maioria das grandes e médias empresas portuguesas e brasileiras estão a fazer em Macau e, ou, a partir de Macau.
Quase nada! No entanto, as grandes marcas internacionais apostam no Grande Prémio de Macau, o maior evento automobilístico que constitui porta de entrada dos pilotos de Fórmula 3 para Fórmula 1. 
Caso para dizer que, se "santos da casa não fazem milagres", será que os de fora sabem o potencial deste "santuário"?
É que Promoção e Marketing são instrumentos fundamentais nos dias de hoje. É tudo uma questão de visão.

December 4, 2014

BATEM LEVE, LEVEZINHO...


Portugal e Macau, cada um à sua maneira, estão em polvorosa com a revelação da potencial vinda do Liedson para o Sporting Clube de Macau.
A revelação foi feita pelo Sr. Marcelo Robalinho, da Think Ball e decorre de uma visita que fez a Macau onde se encontrou comigo em Outubro p.p.
Marcelo Robalinho é um homem com visão, coisa que muito aprecio, porque mostrou que vê longe e sabe para onde vai, o que é, realmente, raro. Poucas vezes tenho encontrado pessoas que têm uma visão bem definida e uma estratégia para alcançar objectivos e trazer consigo outros beneficiários.
Pode até nem se concretizar a vinda do Liedson para uma das mais sólidas equipas de Macau, aquela que mais créditos tem firmados, com protocolo assinado com o FC Osaka para intercâmbio de jogadores, ou com um acordo com a Think Ball. Mas que ficou provado que nada é impossível, lá isso ficou.
O Sporting Clube de Macau sabe a importância que tem, que é pequena em si, mas sabe também que é, potencialmente, um forte interlocutor nesta plataforma chamada Macau, que a China designou como a plataforma da Lusofonia.
Assim, o Levezinho teria à sua espera uma equipa cheia de dignidade, de prestígio conquistado a pulso, e juntos seriam um cartaz que ajudaria a dizer ao Ocidente, que por aqui bem perto anda um Marcelo Lippi, Ericsson, e um mercado tão enorme que é capaz de pagar 10 milhões de Euros/ano por Lippi, e Sven-Göran Ericsson que treina outro clube da primeira liga.
Estes movimentos, estes potenciais interfaces, apostam no futebol do futuro, que é, a meu ver, a Ásia, porque se hoje o Tanaka joga no Sporting, jogadores coreanos como Son Heung Min, Ji Dong Won, Koo Ja Cheol e Hong Jeong Ho estão na Bundesliga e os Japoneses não têm menos representantes como Shinji Kagawa, Honda, e companhia.
Assim, o que vale sobretudo o gesto e - se possível - a presença do Levezinho, é a demonstração de que se calhar o paradigma do futuro passa por esta zona do globo, onde o dinheiro não falta em países como a China, o Japão, a Coreia, e onde o investimento ocidental caberá a quem souber ler o futuro.
Este "caso" é uma metáfora do que é o verdadeiro empreendedorismo.
Por isso, só cabe ao Sporting Clube de Macau saudar o Sr. Marcelo Robalinho pelo seu espírito inovador e a sua visão.
Caso para dizer a esse respeito que... "tamos juntos".