March 15, 2013

SPORTING - 1 vs PONTE 48 - 0


DIA 14 DE MARÇO DE 2013 

DESAFIO DISPUTADO SEM EQUIPA DE PRIMEIROS SOCORROS

Guarda-Redes: Luis Lino
Defesas: Nuno Sampaio Nunes, João Braga, Rui Cid e Filipe Henrique
Médios: Rui Pires, Pedro Maia, Max Wamba
Avançados: Chico Cunha, Pascoal Júnior e Leandro Fernandes

O jogo começa com um ataque do Sporting. Aos 37 segundos o adversário cede um canto.
02' 50" ataque do Sporting pela direita.
04' 10" noutro ataque, passe de Pascoal para remate de Rui Pires. O guarda-redes defende para canto.
O Sporting domina as operações.
Após este período inicial o adversário faz várias ameaças sem consequências.
08' 20" Leandro remata à trave, a bola desce e sobe, sobra para Pascoal Júnior que remata. A bola teima em não entrar.
12' 12" Maia faz um belo passe para Pascoal que marca mas o árbitro invalida o golo.
16' Canto a favor do Sporting que Wamba cabeceia para o guarda-redes defender.
20' o adversário desencadeia um ataque sem consequências. Quase que invariavelmente, os nossos jogadores roubam a bola.
21' Rui Pires remata à baliza.
23' Maia remata de longe.
30' o adversário ataca sem consequências.
31'45" canto a favor do Sporting que o árbitro invalida sem qualquer razão discernível.
32' Luís Lino realiza uma excelente defesa sem hesitações.
35' Novo ataque, com novo remate à barra, a bola não se sabe se entrou, nova insistência e o esférico teima em não entrar.
39' 50" Luis Lino volta a fazer uma bela defesa.
45' Júnior conduz ataque, Chico Cunha remata para fora.

INTERVALO

É patente que o adversário coloca um defesa colado a cada um dos nossos avançados conforme diagnóstico prévio.
56' Chico Cunha volta a querer surpreender. A 35 metros vira-se e remata.
61' é o início de um período em que o adversário faz um forcing de ataques continuados que são rechaçados pela defesa e pelo guardião Luís Lino.
Num ataque do Sporting, aos 67', Leandro faz um belíssimo remate de bicicleta que infelizmente não tem o merecido prémio.
Aos 73'45" Leandro dispara um forte remate cheio de ganas e faz finalmente o 1-0.
Quebra-se o enguiço. 
Aos 76'Luis Chan substitui Nuno Sampaio Nunes
Aos 79' Rui Pires é substituído por Miguel Soares
Aos 83' Chico Cunha faz um belo passe a Júnior que, em fora de jogo, mete a bola na baliza.
Aos 87' é a vez de Chico Cunha quase marcar. 
Aos 90' Cunha ataca novamente.
Ao contrário do que é habitual em Macau, o jogo prolonga-se estranhamente. Aos 92' Chico Cunha e Maia criam perigo na baliza contrária.
Seriam passados 93 minutos quando o árbitro apitou para o final do jogo.

Apesar de lutarmos contra uma excelente equipa, conseguimos vencer e marcar a diferença. Um belo desempenho de todos os jogadores.

March 8, 2013

SPORTING CLUBE DE MACAU 6 - HONG NGAI 0

HONG NGAI vs SPORTING CLUBE DE MACAU

Guarda-Redes: Luís Lino
Defesas: Nuno Sampaio Nunes, Rui Cid, Dedé e Filipe Henrique
Médios: Rui Pires, Pedro Maia, Wamba
Avançados: Chico Cunha, Pascoal Júnior, Leandro Fernandes


Como já vem sendo habitual, o jogo começou com o Sporting a tomar as rédeas do jogo.

Aos 4’ 13” Chico Cunha remata ao poste e a bola entra. Bem cedo se faz o 1-0

O Sporting assume o comando do jogo, com os jogadores em bons movimentos de desmarcação que ditam o passe correcto e consequente posse de bola.

Aos 14’ Pascoal Júnior quase marca.

Aos 15’ canto a favor do Sporting sem consequências.

Aos 17’ é a vez do Hong Ngai ganhar um canto sem consequências.

Num breve período o adversário instala-se no meio-campo leonino.

Aos 20’ na sequência de uma falta do adversário, a uns 30 metros Chico Cunha marca um livre que é defendido pelo guarda-redes.

Aos 26’ ataque pela direita de Leandro que cruza para Júnior que não consegue marcar por estar bloqueado por um adversário.

Aos 29’ há uma série de ataques contínuos em bloco, envolvendo os nossos avançados e médios.

Aos 29’55” Pascoal Júnior faz o 2-0 a passe de Leandro.

Aos 33’22” Nuno Sampaio Nunes centra, Max Wamba recebe, passa para Pascoal Júnior que faz o 3-0.

Aos 36’ canto sem resultado.

Aos 38’ 45” Rui Cid defende de cabeça um golo certo. É uma preciosa intervenção in extremis.

Aos 41’ um belo passe em arco para Leandro que remata para defesa do guarda-redes adversário.

Aos 43’ Pascoal Júnior remata para defesa do guarda-redes. A bola ressalta para Leandro que remata para nova degesa.

Aos 45’ Pascoal Júnior recebe um passe longo, foge dos defesas, finta o guarda-redes e faz o 4-0 e o seu hat trick.

INTERVALO

Aos 47’ Chico Cunha passa para Maia que remata de primeira. A equipa evidencia já um elevado vocabulário técnico. O adversário, nas bolas disputadas, perde-as quase todas.

É um período em que o Sporting domina totalmente o jogo. João Maria Pegado aproveita para iniciar as substituições.

Aos 56’ Miguel Soares entra para o lugar de Max Wamba que jogou vindo de um problema muscular.

Aos 62’ Bruno Anjos entra para o lugar de Leandro que tinha dores nas pernas das pancadas recebidas. É preciso gerir o esforço.

Aos 72’ Kaká  entra para o lugar de Pascoal Júnior. Nova gestão de esforço.

Miguel Soares vê imerecidamente o cartão amarelo por uma falta normal.

Aos 73’ Bruno Anjos arranca pela esquerda, mas o remate vai para fora.

Entra-se numa toada mais lenta.

Aos 82’ 20”, estando Chico Cunha a cerca de 35 metros, com Bruno Anjos a seu lado, faz um belo remate, marcando o seu segundo golo da noite. 5-0

O Sporting continua a controlar o jogo e aos 90’ Bruno Anjos entra pela esquerda do ataque leonino e remata para o 6-0.

O jogo termina após o obrigatório reatamento. Uma bela, merecida e expressiva vitória.

March 5, 2013

FUTEBOL EM MACAU

Caros Consócios,

Os jornais têm uma limitação de espaço absolutamente compreensível. Daí resulta que, por vezes, muitas coisas fiquem por dizer. Assim, resolvi transcrever, com o único propósito de esclarecer cabalmente os Sócios e Adeptos, o teor completo da entrevista escrita, com o devido respeito quer pelo Ponto Final quer, ainda, pelo autor da mesma que a sintetizou para caber.
Saudações Leoninas

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- Depois do incidente com o Mandinho, obteve algum feedback da Associação de Futebol de Macau (AFM)?

ACJ- O incidente deu-se no dia 16 de Fevereiro, um sábado. No dia 18 o Sporting entregava uma carta à A.F.M. abordando a delicadeza da situação e referindo também outros pontos. Nada sucedeu até hoje, o que pode levar a muitas interpretações, como a de se brincar com vidas humanas.



- Como classifica este silêncio quando se trata de um tema tão delicado?

ACJ- Eu não classifico o que não tem classificação. A partir de agora, quer a A.F.M. quer o I.D. - que se disponibilizou, numa postura burocrática, a proceder ao fornecimento de equipamento de primeiros socorros, desde que a A.F.M. assim o solicitasse - são colectivamente responsáveis. Perante o subsequente silêncio e situação, que se mantém sem alteração, ficam claramente definidos os responsáveis por quaisquer acidentes que possam vir – oxalá não – a suceder.

Há uma série de incompreensíveis insuficiências. No campo da prevenção e primeiros socorros, as equipas que não jogam na liga Elite não têm direito a assistência médica no campo.

Tudo é de um grande improviso amador que se torna, não apenas confrangedor, mas igualmente perigoso e discriminatório.

As pessoas e organizações precisam de ter uma percepção mais ampla dos perigos. Não se pode brincar com a vida dos jogadores nem fazer distinção entre divisões. O incidente envolvendo o Mandinho veio confirmar um perigo para o qual já havia sido dado o alerta o ano passado, pelo Sporting, quando se falou de desfibrilhadores. Podia ter sido algo de funesto e a quem seriam imputadas as responsabilidades? Quando não há primeiros socorros para todos não é admissível que se organizem provas. Se não há, se não os conseguem obter, deve haver a consciência de que desse modo os campeonatos não podem realizar-se por razões mais que óbvias.

O Sporting, pediu por escrito à A.F.M. que tomasse medidas urgentes. Até hoje, os jogos prosseguem sem qualquer apoio de primeiros socorros.



- Como está a decorrer a iniciativa Fundo de Solidariedade Mandinho?

ACJ- Como foi anunciado oportunamente, o Fundo de Solidariedade foi lançado pela direcção do Sporting Clube de Macau para apoio ao Mandinho. Porém não temos acesso a nenhuns dados nem nunca quisemos ter. A nossa função cumpriu-se lançando o Fundo.



- O jogador-treinador já foi submetido a novos testes médicos? Como correram?

ACJ- O Mandinho precisa de repouso completo e nós não temos nem pedimos nenhumas informações a este respeito. Penso que a sua privacidade deve ser respeitada e deve ser o próprio que deve dizer algo quando assim o entender.



- O seguro que o clube oferece aos jogadores foi accionado neste caso e cobre os gastos?

ACJ- É bom que se saiba que em Macau não existe nenhum seguro de desporto. Quando muito há um seguro contra acidentes pessoais que nós recorremos à falta de outro, quando até ao ano passado tinhamos fundos para os oferecer aos jogadores. De resto, a vida do Mandinho não são contas do Sporting Clube de Macau, como se compreenderá.  

Mas como a A.F.M. é uma caixinha de surpresas, os cinco ou seis jogos do ano passado, que foi um campeonato a uma volta, tornaram-se num campeonato a duas voltas – reivindicação nossa que nunca foi atempadamente anunciada – com dezoito jogos. Isto é, passamos a ter o triplo de jogos com o mesmo orçamento, o que inviabilizou muita coisa.

Assumimos frontalmente o desafio de jogar duas jornadas porque sempre defendemos a verdade desportiva. É difícil mas cerramos os dentes.



- Qual é o ponto de situação do dossier "relvados sintéticos"? Recebeu notícias da AFM ou do Instituto do Desporto (ID)?

ACJ- Tive uma conversa com o ID e na altura foi-me dito que Macau precisava de que o estádio da Taipa fosse de relva natural, por uma questão de prestígio. Eu diria que prestígio para Macau seria se o futebol (e outros desportos) saísse da vergonhosa classificação do ranking da FIFA, ao lado das ilhas Seychelles. Há sempre uma enorme preocupação pelas aparências e muito pouca – pelo que é dado ver – pela realidade, pela essência do dia a dia. De qualquer modo foi-me dito que, a haver um estádio de relva sintética, seria o da Universidade de Ciência e Tecnologia, mas que com a preparação para o concurso público, seria coisa para pelo menos três anos...



- O ID  tem tido pouca iniciativa no que respeita ao futebol?

ACJ- Para mim o ID, numa cidade como Macau, deveria ser a entidade organizadora de todos os eventos, e não apenas a Maratona Internacional de Macau.

Causa-me alguma perplexidade a má organização da A.F.M., a incoerência organizativa, com modificações anuais, muitas vezes radicais - como a anunciada bizantinice da Taça para cada divisão - às regras e normas publicadas anualmente, apenas em chinês.

Preferiria poder dizer que o futebol em Macau está excelentemente organizado, com todo o know how, todas as infraestruturas que um Território tão rico pode proporcionar, com formação para os infantis e juvenis e campeonatos dimensionados à realidade do Território.

O Rossio na Betesga

Um outro aspecto incompreensível, em termos organizativos, é misturar o futebol de sete, a bolinha, com o futebol de onze, o bolão.

Tal como a inflacção de divisões que inundam os escassos campos, também se misturam os aspectos organizativos de modalidades diferentes.

O campeonato de bolinha serve também para efeitos de subida para a 3ª. divisão e acolhimento das equipas que descem dessa divisão. Essa é a sua maior utilidade no modelo actual, já que é obrigatório a todas as divisões participarem primeiro no campeonato da bolinha. De resto, não deve existir nenhuma relação entre o futebol de sete e o de onze.

A Associação de Futebol em Miniatura de Macau (A.F.M.M.), título da Associação que organizava os campeonatos de futebol de sete, desapareceu. A A.F.M. ficou então a organizar os campeonatos de futebol de sete e de onze. E da mesma maneira que consegue inventar uma Taça para a 1ª. divisão e outra para a 2ª. divisão, também resolveu obrigar a que todas as equipas, de todas as divisões, sejam obrigadas a jogar o campeonato de futebol de sete para poder jogar o futebol de onze. Que é como quem diz, que é obrigatório jogar badminton para depois poder jogar ténis.

Nada faz sentido e, por isso, não espanta que com este tipo de organização Macau esteja em 197º. lugar do ranking FIFA. Vale ainda a pena referir que em 1997 Macau estava em 157º. lugar.  Há 16 anos havia menos pretenciosismo, menos inflacção e melhor qualidade porque havia a sabedoria de não se meter o Rossio na Betesga.

É absolutamente indispensável separar o campeonato da bolinha do do futebol de onze.  O primeiro deve começar em Setembro e o de futebol de onze em Outubro. As equipas da segunda e primeira divisão devem poder jogar a bolinha em regime facultativo com equipas alternativas.



- O SCM vai jogar esta semana no Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau. Como dirigente, mas também espectador, como analisa a qualidade do relvado, tantas vezes criticada por jogadores?

ACJ- É difícil separar a figura do dirigente de um Clube com a de um cidadão, mas para mim, o cidadão vem primeiro, porque quer o bem colectivo.

Agora a segunda divisão despediu-se do excelente relvado do Canídromo,  para se mudar para o relvado da Universidade de Ciência e Tecnologia, chamado de “batatal”,  já gasto pela primeira divisão que aí jogou enquanto o relvado do estádio da Taipa não estava em condições.

Este seria o campo que, conforme já referi, mais prontamente deveria receber relva sintética porquanto é um piso que, depois de alguns jogos, fica excelente para entorses e lesões mais graves.

Tudo isto tem um nome; chama-se inflacção de divisões. Significa ter permitido deixar crescer o número de divisões sem haver condições para isso. No ano passado, na terceira divisão, o Sporting esteve seis meses, desde o fim da bolinha, à espera de jogar futebol de onze e subir de divisão, em apenas uma volta, como já disse. Nessa altura, reclamámos que todas as divisões deveriam ter duas voltas, a favor da verdade desportiva. Inesperadamente, fomos ouvidos.

Nos anos 1990 havia duas divisões e menos campos. Recuando mais no tempo, havia apenas uma divisão. Apesar de cem por cento amadora, nos interports entre Macau e Hong Kong, a selecção de Macau pedia meças e bastas vezes venceu a selecção profissional de Hong Kong. Ora isto só vem confirmar o velho ditado de que quantidade não é qualidade. Com três divisões criou-se um tampão na gestão dos campos, invalidando qualquer tentativa de formação de camadas jovens. A esse propósito, parece que se criaram  “selecções” de sub-16, sub-18 e sub-23 patrocinadas pela própria A.F.M., que participam nos campeonatos como se fossem equipas. Será que se pretende compensar a questão da formação com esta situação?  Se sim, o resultado é um desastre, mormente no que toca à chamada Liga Elite, onde os Sub-23 não alcançaram ainda nenhum ponto em 6 jogos, o mesmo sucedendo com os sub-18, que estão em último lugar na segunda divisão.

Pode chamar-se a isto formação?... 

Há em Macau gente qualificada para planificar os campeonatos, gente com experiência, gente capaz de organizar, aconselhar...

A questão é que o Grande Prémio é organizado com todos os meios, a Maratona Internacional de Macau é organizada também com todos os meios, mas outros desportos como o futebol, são organizados por Associações com insuficiente know how organizativo.



- Com o Sporting Clube de Macau na primeira posição da II Divisão, já vislumbra a próxima época, possivelmente na Liga de Elite?

ACJ- Vamos devagar, jogo a jogo, consolidando tudo. Às vezes pode ser muito cedo para se estar na primeira posição, mas o certo é que vou vendo que praticamos um futebol cujo vocabulário técnico tem vindo a crescer. Tem havido uma notável acção pedagógica que continua maximizadamente do anterior.

O Sporting Clube de Macau tem um orçamento muito limitado, que tem sido gerido com muita contenção porque estamos muito longe dos orçamentos das equipas da 1ª. Divisão.

Dentro deste cenário de limitação financeira, temos procurado intervir nas áreas que achamos importantes. Foi assim com a petição para os relvados sintéticos e, do mesmo modo, fomos, surpreendentemente, os únicos a pronunciarem-se pela necessidade de primeiros socorros e de desfibrilhadores que, como se sabe, não beneficiarão somente o Sporting, mas sim todo o futebol. As nossas posições não são tendenciosas nem para benefício próprio.

A aposta do Sporting, a nível interno, passa desde há muito pela fidelização dos jogadores e, agora, pela formação em competição. Por ideia do nosso treinador João Pegado, que é sobretudo um formador vindo da Academia de Alcochete, tem havido uma pedagogia mais aprofundada do papel de cada jogador, tem havido um investimento na formação de muitos jogadores. Temos jogadores que vão sendo rodados e que vão sendo formados, muitas das vezes de uma forma personalizada para irem melhorando as suas performances.

O Sporting tem uma excelente equipa este ano, com jogadores como o Luís Monteiro, o Pedro Maia, o Sérgio Silva Gaspar, o Vasco Bismark, que estão connosco desde a 4ª. Divisão, até outros, ligeiramente mais recentes, que formam um grupo forte que desejo possa permanecer connosco. Também beneficiámos de escassos reforços que nos permitem um desempenho mais acutilante, que ficou patenteado nas cinco vitórias consecutivas.

Não citarei mais nomes para, por lapso, não cometer injustiças. Mas é saudável que todos disputem o seu lugar no onze inicial ou sejam opção nas convocatórias. É assim que deve ser. E tudo isto faz parte daquilo que penso que deve ser, em Macau, o Sporting. Ter mérito de ser amador, mas com a patente boa qualidade futebolística dos seus jogadores. A política do Sporting é sempre a da consolidação em todas as áreas. Nenhum jogador do Sporting aufere um ordenado.



- Em caso de subida de divisão, o SCM irá manter o espírito amador que defende?

ACJ- Absolutamente! O que não invalida que precise de se reforçar, aqui e ali, como sempre o fez, com escassos reforços, mas que não se podem chamar de profissionais de modo algum. O grande desafio é, exactamente, ser aquilo que se deve ser em Macau. Com três campos e a organização que existe, não é possível nem imaginável um campeonato profissional. Há uma enorme inflacção, escasso público e há a necessidade de se pensar o futebol em vez de apenas dar pontapés na bola e ver quem tem o orçamento mais elevado e importa mais jogadores.



- O SCM oferece prémios de jogo?

ACJ- O Sporting Clube de Macau sempre ofereceu prémios de jogo. Umas vezes mais elevados, e agora menos elevados dado o número de jogos que temos de jogar.

Há que compreender que sempre houve a percepção de que tudo isto é muito volátil, e que compete à direcção o ingrato papel de manter um equilíbrio orçamental que corresponda à sempre referida necessidade de consolidação orçamental e de premiar os jogadores pelo seu esforço e dedicação. Tivessemos nós uma outra postura, posso assegurar-lhe que hoje já estaríamos falidos.

Como presidente de uma direcção muito solidária, é meu dever olhar para tudo e não apenas para uma coisa. Tenho consciência que cada sector olha exclusivamente para o seu problema, para as suas reinvindicações, desconhecedor do todo que constituem os problemas de gestão.

Diria portanto, recordando um sábio ditado: no Sporting de Macau “talha-se a obra à medida do pano”.



- É a única gratificação dada pelo clube?

ACJ- Se a ideia implica assumir que há profissionais no Sporting, direi que não há. Há alguns jogadores, muito muito poucos, que fazem a diferença e dão ao Sporting maior acutilância, aquela que necessita para estar onde está. Mesmo assim isso implicaria uma explicação mais alongada que, enquanto assunto interno do clube, é para se falar internamente.